Hatshepsut foi a primeira faraó (mulher) da história,
conseguiu esse título após vencer muitos obstáculos. Após a morte de seu pai, o
faraó Tutmés I, Hatshepsut casou-se com seu meio-irmão, Tutmés II, com apenas
17 anos de idade. Depois de quatro anos seu marido e irmão faleceu, deixando
como herdeiro do trono um filho que teve com uma concubina. Mas como o menino
era muito jovem, Hatshepsut assumiu o poder. Governou o Egito sozinha por 22
anos, na época o Estado era um dos mais ricos. Para permanecer no poder fez o
uso da descendência de Tutmés I, a princípio não enfrentou objeções, já que
Tutmés III (filho de Tutmés II) era muito jovem e não podia reinar.
No começo de seu reinado não exigiu as regalias reservadas
aos faraós, que eram governantes e sacerdotes da religião local (considerados
seres divinos). Aos poucos foi testando seu poder, para ver até onde iam os
limites impostos pela sociedade egípcia às mulheres, pois almejava o posto de
faraó. Com o passar do tempo seu poder foi aumentando, até se mostrar como
faraó, fazendo o uso de barba postiça e calças. O uso de barba falsa era um
costume exclusivo dos faraós, a barba para eles tinha o mesmo significado da
coroa para os reis. Hatshepsut promoveu a inovação administrativa e a expansão
comercial. Enviou várias expedições para a costa africana, no Mar Vermelho, em
busca de ouro, marfim, pele de animais, entre outros.
Com a prosperidade de seu governo, Hatshepsut começou uma
obra de embelezamento arquitetônico no Egito. Ergueu diversas edificações em
homenagem ao deus Amon-Rá (seu pai espiritual), na região de Beni Hasan (centro
do reino) ela construiu um novo templo feito de pedras, denominado Speos
Artemidos pelos gregos. Ao mesmo tempo em que fazia as mudanças físicas do
Egito, a faraó cuidava da educação de Tutmés III. Ela enviou o menino para o
templo de Amon, onde foi educado para se tornar o próximo governante.
Para garantir sua autoridade fazia de tudo para manter o
jovem afastado do trono, chegou até a casá-lo com a filha que teve no
relacionamento com Tutmés II. Porém, ficou bastante enfraquecida com a morte da
princesa. No comando do exército Tutmés reclamou seus direitos, em especial o
título de faraó. Mas só conseguiu tal feito após a morte da rainha, em 1482 a.
C. A causa da morte não é conhecida, assim como a localização de seus restos
mortais.
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