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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Catarina, a Grande






Catarina II ou, como mais popularmente ficou conhecida, Catarina, a Grande (1729-1796), foi uma imperatriz (czarina) russa de origem alemã. Uma das representantes da linhagem de monarquias que governaram sob a influência dos ideais iluministas, a déspota esclarecida Catarina esteve à frente do Império Russo entre os anos de 1762 a 1796 e buscou modernizar o Estado, efetuando uma reforma administrativa, estimulando a agricultura e o comércio, além de reorganizar o exército.

Nascida Sophie Friederike Auguste, princesa von Anhalt-Zerbst, Catarina era filha de nobres prussianos e aos 15 anos de idade foi enviada a Moscou, capital da Rússia, para conhecer seu futuro esposo, o Grão-duque Pedro Holstein-Gottorp. Desde o início, procurou se instruir com a cultura russa, aprendendo o idioma e estudando a religião cristã ortodoxa, na qual foi batizada em 1745, passando a se chamar Catarina Alexeievna.


Catarina II, a Grande, foi uma déspota esclarecida influenciada pelos ideais iluministas.*

Neste mesmo ano, casou-se com o Grão-duque, posteriormente nomeado Pedro III, ao assumir o trono em 1761, com a morte da czarina Izabel. A ambição de Catarina era chegar ao trono, o que ocorreu em 1762 após supostamente ter criado um plano, em aliança com alguns generais do exército, para retirar do trono seu marido e posteriormente assassiná-lo. A primeira de suas ações foi estabelecer uma aliança com o rei Federico da Prússia, o que gerou insatisfação da nobreza russa. A situação de insatisfação foi contornada mais tarde com uma série de medidas que beneficiou os nobres.

Entre 1766 e 1768, Catarina convocou o Congresso para debater e aprovar algumas reformas, mas não obteve êxito. Entretanto, por iniciativa própria, dividiu o território russo em 44 províncias e foram criados distritos em cada uma delas, nos quais a nobreza formava uma assembleia para governá-los, além de obter vários privilégios. Promulgou em 1785 a Carta da Nobreza, que garantia isenção de impostos aos nobres e aumentava seus poderes.

Essas medidas mostraram a influência Iluminista sobre seu governo, já que as reformas dos estados eram uma das características dos déspotas esclarecidos. Catarina trocava constantemente correspondências com os filósofos franceses Diderot e Voltaire, e buscou incentivar o conhecimento, como a construção da Universidade de Moscou, em 1783. Ainda criou leis diminuindo o uso da tortura e da pena de morte, permitiu a liberdade de culto, secularizou ainda algumas propriedades eclesiásticas em proveito do Estado e passou a manter conventos e igrejas.

No âmbito militar, conduziu guerras com vários reinos para conseguir acesso ao mar, o que conseguiu em 1772, resultando na conquista de territórios e na aproximação com a Europa Central. Contra o Império Turco-Otomano realizou duas guerras, entre 1768 e 1985, nas quais incorporou às fronteiras do Império Russo a costa setentrional do Mar Negro e a península da Criméia.

Catarina, a Grande, foi uma das mais famosas czarinas russas, tendo seu reinado terminado em 1796, ano de sua morte.

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